UMA REUNIÃO HISTÓRICA

A reunião da Câmara foi, mais uma vez, histórica. Num embrólhio que se arrasta há quase um mês, o projeto da lei do silêncio foi mais uma vez suspenso. O motivo? Uma manobra jurídica, mais uma vez, mal sucedida por parte da assessoria jurídica da câmara. Mas tudo teve um começo, digamos, oculto. Segundo informações, as emendas apresentadas por 7 vereadores teriam nascidas em outro local a não ser o da sala dos vereadores e da própria assessoria jurídica da câmara, ou seja: Existem indícios que as emendas teriam nascido dentro de outra assessoria, a do Palácio. João Bastista, o João Franja, corajosamente veio a público e pediu desculpas pelo “lapso” e , desconcertadamente, assumiu sozinho o ônus do que fora feito. Antonio Hamilton, “macaco velho” dentro do ambiente da política, nada disse. Mas o que era para nascer, diminuir e aniquilar o projeto de Marcos Cherem, deu mais força ainda ao vereador. Em síntese: Com a apresentação das emendas dos vereadores, elas, obrigatoriamente, teriam que passar pela comissão de constituição e justiça da câmara. Como cada um dos 7 vereadores da bancada governista apresentou emendas ao projeto, não poderiam eles mesmos darem um ok como membros de uma comissão. Com isso, o único vereador que não teria apresentado emendas, seria Anderson Garçom, que, em tese, seria o vereador que teria que dar o aval às emendas apresentadas. Aí, aumenta ainda mais a bagunça. Eles foram apresentadas na hora da sessão da casa. A lei orgânica fala em 24 horas antes para apreciação dos vereadores. Ou seja: Não foram apresentadas no tempo hábil e não passaram nas comissões que deveriam, regimentalmente, ter que passar. Uma trapalhada, como diria Lula: “Nunca antes vista na historia desta cidade”. Claro que é força de expressão, mas na prática foi isto mesmo. O vereador Marcos Cherem chegou até mesmo a ironizar o assessor da câmara, Antonio Hamilton , ao dizer: “Bom...se senhor assessor, não sabe onde está a lei, eu leio para o senhor”. Foi mais ou menos dessa forma que tudo aconteceu. Chapisco interrompeu a votação do projeto dizendo que o erro fora mesmo da assessoria da casa e da mesa e jogou pra semana que vem até que se “resolva” o fudunço. Com minha câmera, tirei algumas fotos do clima da sessão de ontem. Elas "traduzem" a sessão.