JUÍZ NEGA PEDIDO DA PREFEITA JUSSARA

A foto acima, usada há algum tempo atrás, mostrava o ato da censura conseguido pela entao candidata Jussara Menicucci. Ela, a imagem, está de volta, agora para mostrar que a justiça não é tão cega assim e não corrobora com opressão e com a escuridão em torno de atos e agentes públicos.

No ùltimo dia 3 de agosto, a prefeita municipal, Jussara Menicucci, através de seu assessor jurídico, Silvio César de Castro, entrou com um processo na justiça local e com pedido de busca e apreensão de documentos que, em tese, estariam em minha posse. A prefeita também levou a denúncia à policia civil para que fosse instaurado um inquérito para apurar o desaparecimento de documentos de dentro do Palácio, insinuado que estaria envolvido com tal fato.

No dia seguinte, 4 de agosto, sob a ótica do competente Juiz, Elias Obeid, o processo foi EXTINTO, tendo o juiz observado em sua sentença o Art. 267 do código de processo civil.

Em sua petição, o advogado da prefeita arguiu: “No afã de depreciar o nome da prefeita, o representado não vem medindo esforços em seguir os passos da prefeita, publicando e divulgando fatos inverídicos...chegando ao cúmulo com escárnio como vem a prefeita se alimentando.....dando continuidade ao seu intento até difamatório, caluniante e injuriante...vem publicando seus atos, viagens, tudo com carga depreciativa, tentando de certa forma jogar a opinião pública contra a chefe do executivo”.

Tais afirmações peticionadas no inquérito civil, chegam às raias do inacreditável. Como poderia a prefeita justificar a contratação de assessores de imprensa (acredito que sejam 15 no total) para em situações favoráveis, divulgar os mesmos passos da prefeita, tais como encontros e inaugurações entre outros e, ao mesmo tempo, pedir com o rigor da lei para que os mesmos passos da prefeita não sejam divulgados? Seriam eles custeados com dinheiro público também ? Deveriam se manter sob o anonimato? Teria a censura, nestes casos, amparo legal ? DESAFIO a assessoria da prefeita que me mostre um só artigo onde eu caluniei, difamei ou injuriei a prefeita desta cidade, sob pena, moralmente, de acatar todas as denúncias que eu fizera até o momento.

Lamento profundamente que em TODAS as denúncias feitas por mim, e não foram poucas, que em NENHUM MOMENTO ter sido eu desmentido, por aqui ou até mesmo judicialmente, sobre qualquer fato publicado por mim.


Lamento profundamente que denúncias relacionadas ao contrato do lixo, aluguel do antigo URPA, contrato com a Macroplan, funcionamento irregular da TV Câmara, “premonição” sobre quem seria a responsável pelo concurso público e vários outros casos, não tenham sido devidamente explicados ou provados ao contrário sobre o que publiquei. Sob a ótica da sociedade e da própria justiça, quando nos calamos é porque aceitamos o que fora divulgado com assinatura, como sendo verdade. Mais uma vez desafio a provarem que o que escrevo seja mentira.

Em contrapartida, DESAFIO também a prefeitura a mostrar documentos, contratos, contratações e pagamentos que tenham ainda alguma dúvida que paire sobre eles para um maior esclarecimento de todos. Jamais serei arauto da verdade , porque também sou falho como ser humano, mas jamais levantei no passado a bandeira da transparência, da correição e porque não dizer da honestidade para, em algum momento de minha vida, pedir que algum fato, custeado com dinheiro publico feito por mim, não saia da escuridão da dúvida, para não sentir o melindre da opinião pública.

Se o que se gasta em viagens é custeado com dinheiro público, é direito do cidadão saber o que, quem , quando e para quê aquele dinheiro foi gasto.

A decisão do juiz, sem se quer analisar o mérito do pedido feito, demonstra o amadurecimento e o olhar mais crítico por parte de alguns membros do judiciário sobre questões públicas e sua transparência pró-sociedade. Dr Elias deu mostras de que no seu entendimento, ou seja, o da justiça, a administração pública deve observar, para uma maior prestação de contas para com a sociedade, que a transparência deve nortear os agentes públicos e servir de vitrine para análise do eleitor.

A decisão do Dr. Elias, sem menosprezar a grandeza e coragem de sua sentença, me obrigada, como jornalista e cidadão, a continuar a fazer um serviço que poucos veículos de informação na cidade se atrevem a fazer, ou seja: Mostrar a verdade, mesmo que incômoda, doa a quem doer.