UMA UNIÃO INSTÁVEL E IMPROVÁVEL

TROCA DE ALIANÇAS

A corrida pela cadeira principal começa a esquentar pelos lados do Palácio. Mesmo com a decisão até certo ponto intimamente contrariada de lançar Silas, Jussara sofre com insatisfações internas de quem almejava alcançar o posto de pré-candidato. Nos bastidores corre a informação de que a prefeita poderia ter repensado sobre o nome de Anderson Garçom e o teria colocado em “stand by” e, segundo uma fonte, teria recolocado o nome do delegado Cleber Pervidor como um dos prováveis nomes a entrar na vaga de vice, além do ex-vereador João Rezende, filiado ao PDT de Carlos Alberto. 

Segundo a fonte, a decisão pelo nome do vice poderá sair do Q.G da Venerando Pereira e, caso seja confirmada a informação, selará com isso a relação estreita criada nos bastidores entre os antes “inimigos mortais”, Carlos Alberto Pereira e Jussara Menicucci. 

Se confirmada, a manobra poderá colocar fim à pretensão de João Batista Soares da Silva de viabilizar sua volta a cena política. Caso Jussara e CAP formalizem a fusão, antes nunca imaginada, o meio político e a candidatura apoiada pelos dois, poderá sofrer de forma precoce com o efeito “rejeição natural”.

ISCA

Pelos lados do pressionado PMDB, os nomes que despontam como pré-candidatos são: Clóvis Corrêa e Waldenor Gomes. O partido, apertado pela direção estadual, vai lançar uma candidatura – composê  para manter com isso a atual direção do partido. Nos bastidores circula a informação de que o nome será lançado para, quem sabe, ser chamado para desistir ao longo do caminho e se juntar a um outro grupo.  Mas, como confio em meus passarinhos verdes, jogo todas as minhas fichas na mesa em torno do nome de Waldenor Gomes. O nome do partidário já teria sido escolhido pela cúpula pemedebista e será lançado em breve como sendo o candidato do partido centrista por natureza.

FIRME E FORTE!

O caso das vacinas ainda rendem nos bastidores. Na semana passada, as servidoras  Sandra Ribeiro e Amália estiverem em Varginha para prestar contas do programa Saúde em Casa. Chegando lá, as servidoras passaram por um constrangimento um tanto quanto inesperado. 

Ao conversarem com um membro do alto escalão, a primeira coisa ouvida pelas funcionárias foi: “E a servidora que falsificou os cartões lá em Lavras. Ela já foi demitida?”. Sem pestanejar, Sandra Ribeiro, acusada de ter adulterado os cartões pelas próprias funcionárias do posto de saúde, respondeu na mesma hora: Não!! Ela continua trabalhando lá, firme e forte”. 

O servidor da Superintendência Regional de Saúde teria olhado para a servidora, com ares de incredulidade e desconfiança.

Art. 344 CP

Por aqui, a prefeita e o secretário de saúde já começaram a “Operação cala a boca”. Algumas envolvidas já teriam sido contatadas para, digamos, falar de forma menos contundente sobre o caso. A ex-secretária tampão e servidora, Gilza Carvalho, teria dito que manteria sua versão sobre os fatos. 

Diante do caso, segundo Nérida Borín, em confidência para colegas de trabalho, Gilza acaba de ser remanejada para trabalhar na saída da cidade, precisamente no CAPS AD, como provável retaliação à posição da funcionária. Segundo Nélida, Gilza teria aceitado o remanejamento sem contudo deixar de afirmar que se tratava de retaliação, assédio moral e perseguição politica. Para piorar, Jussara teria ordenado, inclusive, o corte de gratificações no salário da servidora para, digamos, forçar uma composição amigável em prol do bem comum, ou seja, o da prefeita; do secretário de saúde e da servidora acusada de fraudar os cartões. 

Caso a policia civil e o MP descubram isso, a manobra poderia ser entendida como coação a testemunha, assédio moral e perseguição política.  Na sala de café da secretária de saúde, o comentário teria sido um só: “Essa é a Jussara que todos nós sabemos quem é”. Confesso que não entendi a fala dos funcionários!