O DISCURSO DO MEDO

O presidente da Câmara de Lavras, Evandro Castanheira Lacerda- Chapisco, em um depoimento visivelmente nervoso, fez ataques e denúncias contra o jornal Tribuna de Lavras e contra este que vos escreve. Chapisco, além de ataques pessoais, que serão questionados na justiça, disse que vem sofrendo ataques contra ele e sua família, o que não é verdade. Chapisco fez afirmações referentes ao processo licitatório que, segundo ele, obteve um parecer favorável por parte da promotoria. A informação, dada pelo presidente, carece de informação oficial para que a verecidade seja confirmada.

PERSEGUIÇÃO

Chapisco, agente público eleito pelo povo, disse que notícias originadas do exercício de seu mandato, estariam afetando seus filhos e que, de agora em diante, não deixara que mentiras sejam ditas e que responderá  a qualquer informação de que venha a expô-lo em relação a sua família. Chapisco só se esqueceu de uma coisa: como ele disse,  a denúncia foi feita por haver INDÍCIOS (leia no Aurélio, presidente) de irregularidades no processo e que, através de uma Ação Civil, movida por cidadãos de Lavras e segundo o juiz da comarca de Lavras, Dr. Núbio de Oliveira, foi acatado o pedido liminar feito por parte da Ação Civil e embargou a obra da câmara, pedido este ratificado por 3 vezes pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, acatando o pedido de suspensão da obra da Câmara por entender os mesmos motivos da denúncia.

MOTIVO

Chapisco tentou justificar os gastos com verba indenizatória elencando os gastos dos vereadores e do deputado estadual Fábio Cherem. Chapisco, em tom de ameaça, disse que não deixará nenhuma denúncia ou notícia negativa (para ele) sem respostas. Vale lembrar que em todas as vezes, quando publiquei informações a respeito de obras da Câmara ou de qualquer assunto que seja, em apenas uma vez o presidente respondeu à denuncia publicada por mim. O teor da resposta, ao meu ver dúbio, se transformou em parte da Ação Civil, acatada pela justiça. Nas outras publicações, mesmo este espaço estando à disposição, o vereador presidente não mais respondeu ou contradisse nenhuma outra notícia informada por mim. Ou seja: o senhor presidente não exerceu o seu direito de esclarecer os fatos por uma questão de foro íntimo. A ele foi dada, a cada publicação, o direito constitucional de contestar as informações repassadas por mim ou por quem quer que seja. Portanto, o pronunciamento do senhor presidente,acredito eu motivado pelo desgaste do uso de verba de gabinete com combustível, foi o grande gerador do ânimo agressivo do presidente do legislativo lavrense. Chapisco deveria ter dito porque alguns bens teriam sido confiscados pela justiça para que pudessem respaldar aquilo que a lei considerou ser indevido e por isso penhorou para garantir o ressarcimento aos cofres públicos, que, segundo a justiça, são devidos. Estranhamente o vereador presidente omitiu essa informação, pública, diga-se de passagem.

FAMÍLIA

Quando usou o argumento da família como se a dele estivesse sendo prejudicada por notícias publicadas por mim, a respeito de ações do agente público, como assegura a carta magna, Chapisco se esqueceu, que eu, perseguido por sua líder, prefeita Jussara Menicucci, quando tive minha casa invadida a pedido dela por duas vezes pela policia, jamais mencionou ou fez qualquer comentário a respeito do assunto se solidarizando comigo ou com a minha família agredida em seu direito constitucional de privacidade e liberdade dentro do próprio lar. Na ocasião, o defensor da família, a dele é claro, não se lembrou da minha família e nem dos meus filhos bem como o estrago emocional causado a eles pela prefeita e seus colaboreadores.Lembro que não tenho cargo publico e não devo satisfações públicas a ninguém sobre minha vida e nem tão pouco sou obrigado a ter minha casa invadida por quem quer que seja. Relembrando, ela foi invadida porque fiz uma denúncia baseada em documentos, o que não foi desmentido pela parte interessada.

DEVER

Portanto senhor presidente, dê satisfações públicas de seus atos e gastos públicos, sim. Jamais sua vida privada foi questionada aqui ou porque quem quer seja. Mas o que, em minha opinião, se faz na privada, na vida pública não cabe, ainda mais se está gastando dinheiro público ou colocando ele em jogo.

Acredito eu que o pronunciamento do excelentíssimo presidente foi inoportuno, confissioso, ofensivo e que será tratado na forma da lei naquilo que julgo meu direito.

EXEMPLOS

Ao contrário do prazer do nobre vereador em exercer seu mandato por 25 anos, confesso que, por exemplos (não muitos) de políticos que frequentam o noticiário Brasil afora,  jamais serei candidato a qualquer cargo público. Confesso que o prazer em não ter nada em meu nome por não ter condições de possuir devido a labuta da vida e o dinheiro curto conquistado com muito trabalho, se soma  ao prazer de poder chegar em casa, olhar nos olhos dos meus filhos, sem nenhum constrangimento interior por algum ato feito na escuridão da política, em detrimento de outrem. Acredito eu que alguns destes prazeres a vida pública lhe impeça de gozar em sua plenitude.

 Vale lembrar que a promotoria, diante das minhas publicações, pediu a prestação de contas dos gastos feitos com a verba indenizatória. O resultado será divulgado aqui, seja ele qual for.

Este espaço está aberto para seu pronunciamento, caro presidente.

"Não cabe privacidade para os atos dos agentes públicos. Caso queiram assim viver, não peça votos e o direito para usar o dinheiro e representar o seu povo"