QUEM TEM MOEDAS?

JOGOS MORTAIS

Na base de oposição, comandada pelos irmãos Cherem, continua a premissa de que a luta será realizada sem com isso ter que fazer alianças consideradas perigosas para a chapa puro sangue. 

Alguns partidários de outras siglas chegaram a propor uma negociação para apoio "de gaveta" e teriam sido surpreendidas com uma frase curta e inesperada: "não, obrigado". D dentro da base a informação que sai é que a aposta será feita em torno da proposta da descontaminação política e do fim do jogo "a qualquer preço", sendo  mantida a política-jogo (arriscada ao meu ver pelo vicio da política local) ainda desconhecida do eleitor lavrense. 

Marcos Cherem, que na câmara abocanhou admiradores fervorosos e ferrenhos críticos, principalmente das bases ligadas a outros "caciques", aposta que a mudança poderá dar certo. Ja do outro lado, capitaneado pela prefeita, o jogo do "ta na folha" será usado como o grande trunfo para combater a "seca" proposta pelo candidato do PSD. 

De dentro das muralhas, a informação que se arranha nas paredes grossas e frias que escondem os efetivos é de que o candidato da prefeita poderá experimentar o "veneno" oferecido a CAP quando optaram pelo nome da prefeita em detrimento ao ex prefeito. Segundo alguns deles, a frase ecoada aos 4 cantos fala em moedas, ou melhor dizendo, troco. O que será isso?!

FICA NO CANTINHO !

Com o anunciado das candidaturas uma grande "apatia" dos candidatos e correligionários abateu-se sobre a base dos candidatos. Mas não pense que isso e anormal não. Diante da dureza da batalha eleitoral deste ano, as bases recuaram para analisar o "inimigo" e estudar critérios de labuta para os próximos 3 meses. Há quem diga que quem sair na frente em relação à campanha, vencerá. Outros acreditam que a tese contrária possa ser melhor aproveitada. Mas há um grande concenso: "Ganha quem se livrar de quem tem rejeição. 

Diante disso, discretamente, membros do PT se articulam para que o candidato petista (?) Dehon Tratores seja (se é que é possível) desvinculado ao máximo do empresário Midas e ex prefeito CAP. Há quem defenda que a exposição de dois empresários em uma sigla historicamente ligada a massa operária não caia muito bem e, com isso, possa gerar o efeito "nariz torcido" por parte do eleitorado. 

Como CAP tem ainda uma parte do eleitorado, há aqueles que pensam que isso deva sim ser explorado em prol de Dehon. Mas como a rejeição tem que ser levada a efeito, a escolha do vice da chapa de Dehon, contralada a duas mãos pelo QG da Venerando, boa parte dos petistas acredita ser quase impossível desvincular CAP de Dehon e a saída para isso seria mesmo assumir de vez em busca do eleitorado, em tese, órfão de CAP em prol de Dehon.

MAKE YOUR GAME!

Pelos lados da prefeita, o embate e interno entre os chamados Jussaristas do bem (?) e do mal. Muitos trabalham para que Clóvis seja colocado em segundo plano para evitar desgastes junto ao eleitorado pelo desconhecimento e sobre rumores que vazam da Cooperativa Alto Rio Grande e que poderiam colocar o nome do atual candidato a vice em cheque. Outros apostam na força do PMDB para impor mais respeito ao eleitorado e com isso deixar ainda mais vivos (?) a cúpula do partido frente a um possível novo governo. 

O ex assessor de comunicação, Àlvaro Saad, agora candidato a vereador pelo PSDB, aposta todas as fichas na campanha de Silas e na sua para não sair do Palácio. Outros, internamente, trabalham no sentido contrário ao dele sob o espectro da rivalidade interna. Outros casos ainda virão a tona e já estariam causando uma certa insatisfação de quem chegou no ônibus já querendo sentar na janela. 

Há aqueles que querem ver a eleição para vereador como ponto forte da sigla e, após a eleição, se fortalecer e aumentar "as moedas" no bolso para, quem sabe, "negociar melhor" após o pleito. Já se fala em montar uma bancada da coligação. Outros, entre os dedos sobrepostos à boca, confessam: "...agora tenho que pensar em mim". Uma coisa é certa: será a campanha do salve-se quem puder.