O SOBRENOME PROÍBIDO

O fim de semana começou quente nos bastidores da política lavrense. Pelos lados do Palácio, o candidato da sigla capitaneada por Jussara, Silas PeXXXXX (colocar sobrenomes poder dar multa agora) entrou com um pedido liminar para que o candidato da oposição , Dr. Marcos CheXXXXX e contra o seu irmão, Dep. Fábio CheXXXXXX pedindo, de forma liminar, ou seja, sem que se analisasse o mérito e nem tão pouco o direito ao contraditório, proibisse o candidato do PSD a utilizar o seu sobrenome, CheXXXXXX. 

Além disso, pediu também que o deputado retirasse os outdoors na cidade que levavam informações sobre a prestação de contas do mandato do deputado lavrense para a população.  Silas PeXXXXXX e Jussara MExxxxxxxxx afirmaram que os sobrenomes estariam sendo utilizados em favor do candidato da oposição, Dr. Marcos CheXXXXXXX e que o sobrenome estaria sendo potencializado em prol do Dr. Marcos, hoje, politicamente, proibido de ter sobrenome. 

Em caráter liminar, o juiz Rodrigo Melo Oliveira, deferiu a liminar e abriu prazo para que, em cinco dias, os citados apresentassem defesa em relação ao caso. Apesar de que decisão judicial é para ser cumprida, façamos uma análise fria:

Faltando poucos meses para a inauguração do URPA (que na verdade e UPA) a prefeita, que hoje apoia o autor da ação contra os irmãos CheXXXXXX inaugurou o dito nosocômio com nome e sobrenome de uma parente dela, Nerina Menicucci, em plena campanha eleitoral para reeleição.  Aécio Neves, então aliado político de Jussara, entrou pela política utilizado a imagem do avô e o sobrenome de Tancredo Neves como o trampolim político. 

Vale ressaltar que em Lavras, antes da eleição de Fábio CheXXXXXX, o hoje vereador, Dr. Marcos CheXXXXX foi eleito em 2008 e já ocupava um cargo público antes da eleição do irmão, o deputado Fábio CheXXX. Dentro da tese defendida por Silas PeXXXXXXXX, teria então o deputado se utilizado do sobrenome do irmão para se eleger ou seria agora o contrário só porque o autor da ação se declarou candidato a prefeito de Lavras ?!!! Alguém já imaginou o filho de Sarney, hoje deputado federal fazendo campanha sem utilizar o sobrenome do pai?! Alguém já imaginou ou viu a prefeita não utilizando o nome do pai que já foi prefeito de Lavras ?!! Coisas com o mesmo peso, mas medidas de forma diferente, ao meu ver.

Teria culpa o vereador eleito em 2008, Marcos CheXXXXX, ver o seu irmão ser eleito em 2010, sendo que os dois tem o mesmo sobrenome, filhos do mesmo pai e mesma mãe?! Acredito que a decisão, creio eu que, após pesquisar na internet casos parecidos, tal decisão não tem precedentes na justiça brasileira  e vai dar  o que falar durante toda a semana. Mas uma coisa ficou evidenciada: Ao meu ver, foi um tiro no pé por parte de Silas. Proibir alguém de usar o sobrenome da família foi, no mínimo, um ataque à família até mesmo da prefeita que sempre se utilizou do sobrenome do pai, em citações públicas, para evidenciar o seu berço político e com isso angariar votos daqueles mais saudosos. 

Cada um tem um sobrenome que carregará para o resto da vida e dele irá se orgulhar ou não. Resta o respeito a cada familia, seja ela qual for, e acima de tudo à suas raízes. Menicucci tem sua importância como família. Silvas pelo Brasil afora também. Cherem merece o mesmo tratamento por todos. Já agredir a base de qualquer uma delas é, no mínimo,um atentado à família de qualquer um e um ato extremamente antidemocrático.

Pense nisso Silas. 

Creio que você foi jogado numa fogueira de vaidades que, quero crer, não tenha sido acendida por você, candidato! 

Neste caso, ao que parece, o tiro saiu pela culatra. No jogo polítíco, que acaba de começar, o placar, em relação aos erros cometidos e que podem ser fatais, já saiu do zero a zero e, pelo que tenho ouvido, a "vantagem" ficou para o candidato "com direito" a sobrenome.