EXCLUSIVO: PREFEITA PODE PROPOR "TRENZINHO DA ALEGRIA"

QUEM VAI QUERER  ???!!??

Alguns (pouquíssimos, por sinal) servidores do Palácio poderão ganhar um presente de natal, no mínimo, gordo,pessoal e porque não dizer imoral. Em época de parcelamento de salários e no final de ano, onde tudo passa mais desapercebido, a prefeita deverá enviar à Câmara um projeto de lei que poderá “apostilar” alguns cargos de sua confiança com salários que hoje beiram aproximadamente R$ 6 mil mensais. Isso mesmo, pessoas que hoje ocupam cargos de confiança ou que já tiveram funções gratificadas poderão ganhar para o resto da vida os salários polpudos que ganharam enquanto ocupavam tais cargos.

 

Para que você possa entender, darei um exemplo:  José, servidor de concurso no cargo de auxiliar geral, que ganha como salário base R$ 800 reais, e que tenha ocupado cargos de confiança consecutivos ou não, por dez anos ou mais, com salário de aproximadamente R$ 5 mil reais,  poderá, caso a prefeita aprove um projeto de lei que enviará a câmara de vereadores, ao voltar ao seu cargo de origem em caso de uma nova administração no Palácio, manter no seu bolso o salário de 5 mil para o resto da vida como se estivesse no  "cargo de confiança" da prefeita, mesmo estando servindo café em uma reparetição qualquer. Isso mesmo ! Acredite! 

No linguajar midiático, a proposta da prefeita poderia ser nominado de  “Trenzinho da alegria palaciano” para alguns poucos privilegiados que hoje ocupam cargos de confiança da prefeita e que, em tese, passariam a dever obrigação à prefeita para resto da vida e seriam uma espécie de “posto avançado” da prefeita em futuras gerações, colocando “olheiros” em governos futuros. 

A constituição federal prevê em seu artigo 37: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. De longe, tal projeto poderá ferir os princípios  da moralidade e impessoalidade, tendo em vista que os benefícios serão direcionados a um seleto grupo, de interesse da prefeita, além, é claro, de ser no mínimo imoral. Seria interessante que pudéssemos saber quais os servidores poderiam se beneficiar com tal projeto e qual a opinião dos servidores que estão com salários escalonados e que não seriam beneficiados pelo"presente". Para quem poderá receber, será o Papai Noel mais gordo e imoral da história de Lavras.

O projeto, caso seja enviado para Câmara, poderá ser um marco na história da cidade e um símbolo do aparelhamento público, custeado com recursos públicos. 

Caso a prefeita tenha a coragem de propor tal projeto, poderá  enfrentar ira daqueles que ficarão de fora, do Ministério Público e da sociedade lavrense, que atônita, assiste a uma administração que parece impor e pregar a teoria “malufiana” e, aos poucos, bate, de forma camuflada, na cara da sociedade lavrense, que inerte, parece não acreditar no que vê.