CHAPISCO RECUA, FAZ ACORDO E VAI TER QUE RECONSTRUIR RUA "QUE NÃO EXISTIA"

A AUDIÊNCIA

A audiência realizada para decidir o desfecho da obra da Câmara teve um resultado, no mínimo, inesperado.  Acompanhado do assessor jurídico Antônio Hamilton e de um advogado de um escritório de Belo Horizonte, o presidente da Câmara chegou atrasado a audiência que iria definir a situação da obra. Com a presença de todos que assinaram a Ação Civil, Dr. Núbio de Oliveira, acompanhado do representante do Ministério Público, Dr. Eduardo, a audiência teve inicio  e alguns aspectos técnicos do processo foram debatidos. Em seguida, o juiz perguntou se não haveria a possibilidade de um acordo. Dr. Núbio em conversa com as partes pediu ponderação devido a alegação de que a rua existente não existiria. Dr. Núbio afirmou que ele próprio já teria passado pela rua e verificado a sua existência. Os autores da Ação chegaram a uma proposta de acordo, pedindo o reparo e reconstrução da via, oque de imediato foi rejeitado pelo presidente da Câmara, Chapisco.  Os advogados se reuniram com o presidente durante alguns minutos e, talvez motivados pelas palavras do juiz em relação a existência da rua e ao risco de Chapisco ter que ressarcir o que fora gasto do próprio bolso, preferiram evitar a sentença e convenceram Chapisco a aceitar a proposta de acordo. O presidente da Câmara terá que reconstruir a rua que passava por trás da Câmara com largura mínima de 5 metros, sem contar os passeios, observando o plano diretor(?) da cidade. O acordo à fórceps caiu como uma bomba nas pretensões do presidente. O projeto original terá que ser refeito e o espaço será reduzido drasticamente, além do acréscimo do valor da obra para a reconstrução da rua, que segundo chapisco não existia, e que foi destruída para cavar o buraco que seria utilizado para construir o estacionamento privativo dos vereadores.

EXEMPLO

Ao final, o juiz Dr. Núbio de Oliveira e o promotor de Justiça, Dr. Eduardo, parabenizaram os autores que assinaram a Ação Pública. Segundo o juiz Dr. Núbio,  o que cada um fez ao assumir uma causa pública foi um exemplo de exercício de cidadania e que a sociedade de Lavras estava de parabéns por ter representantes preocupados com a coisa pública. Nos corredores, os proponentes, em conjunto com o advogado Négis Rodarte, deram as mãos e agradeceram pela vitória conseguida e ressaltaram a fala de alguns de que a luta seria inglória. Segundo eles, a vitória conseguida é um exemplo para cada um lavrense e que demonstra o papel do cidadão de bem que olha para os anseios da sociedade. Antônio, um dos autores chegou a chorar de emoção pela vitória alcançada.

BATE BOCA

Ao final, após a assinatura do acordo, o presidente da Câmara, visivelmente nervoso, bateu boca com o advogado Negis Rodarte que representa os autores da Ação. Chapisco se dirigiu ao advogado em tom desafiador. O advogado que acompanhava o presidente teve que intervir e segurar Chapisco. Dr. Negis Rodarte retrucou a ação pedindo ao presidente “ponderação em seus atos”. O acordo prevê que obra seja retomada com a devida reconstrução da via pública, que pertencia a todos nós, e foi destruída pela obra da Câmara. Entre mortos e feridos, a bandeira da vitória foi erguida pelos autores da Ação Popular.

       

Audiência entre as partes da Ação Civil.

        

       Dr. Núbio de Oliveira.

Chapisco assina o acordo para reconstrução da rua "que não existia".

 

Com dedo em riste e visivelmente nervoso devido ao resultado,

Chapisco bate boca com Dr. Négis Rodarte ao final da audiência.

Autores da Ação rezam e agradecem pela vitória alcançada.