NÃO ERA PRA SER ASSIM

O resultado da sessão de ontem do TRE-MG onde foi apreciada a minha defesa, de José Eduardo e do prefeito Marcos Cherem em relação a cassação de direitos políticos e do mandato do prefeito, acertou nas veias. Isso mesmo. Nas veias, no plural, de todos os envolvidos.

Carregado de documentos, advogados ao lado e com uma bolsa escolar repleta de documentos e a certeza de sucesso, o advogado e filho de Silas Costa Pereira, Flávio Henrique Unes Pereira acompanhou a sessão onde seria analisado os recursos interpostos. Flávio Unes e um alguns partidários em Lavras e Belo Horizonte, incluindo a presença in loco do vereador Leandro Moretti, se mantinham convictos do resultado favorável pela manutenção da cassação. Ao fundo, assessores do prefeito e aliados também acompanhavam a sessão. Eu, um dos então condenados, fui o único a assistir de perto todo o desenrolar da votação

A defesa feita de forma oral de Marcos Cherem foi realizada por Dr. Wederson Advincula e a defesa de José Eduardo foi feita pelo também competente e brilhante orador Dr. Négis Rodarte. Em seguida, a leitura do parecer do Ministério Público foi sepulcralmente ouvida no mais profundo silêncio e satisfação pela equipe de apoio a Silas, autor da denúncia ora reanalisada pela Justiça.

O RELATÓRIO

A relatora do processo, Desembargadora do TRE-MG, Alice Birchal, fez questão de ler a integra do relatório onde, de forma extremamente centrada, literalmente reanalisou os argumentos utilizados na sentença de primeira instância, elencando os pontos trazidos na sentença em seu relatório e voto. Ao final, depois de uma longa explanação, a Juíza, contráriou os arguimentos da sentença do Dr. Rodrigo Mello e do parecer do MP que seguia no mesmo sentido, julgou procedente os nossos argumentos e opinou pela reforma de decisão de cassação de mandato do prefeito Marcos Cherem e pela anulação da cassação dos meus direitos políticos e do dono da Tribuna, José Eduardo.

O resultado não foi, efusivamente, comemorado pela equipe de apoiadores do prefeito, sabidamente por entender que o jogo ainda não terminou, mas foi sentido como um duro golpe pela equipe liderada por Flávio Unes e pela base de apoio que já preparava, segundo uma fonte, uma festa de posse para o então candidato, Silas Costa Pereira.

Nos bastidores, antes da sessão, verdadeiros dossiês fabricados, foram entregues aos desembargadores pelos advogados de Silas para com isso tentar motivar os juizes a prolatarem uma sentença em favor da cassação. Os dossiês foram montados a partir de publicações financiadas pelo grupo a um certo indivíduo que se utilizada da internet para fomentar ataques pessoais e desmedidos contra tudo e contra todos que fizeram secar seu salário de funcionário fantasma, pago pela então ex prefeita Jussara Menicucci.

No começo do artigo mencionei que os números da decisão favorável e que ainda pode mudar ( 4 a 2 ou  5 a 1) devido ao pedido de vista de um desembargador, de momento, injetaram uma dose cavalar de mais legitimidade (além dos votos, claro) ao mandato de Marcos Cherem e liberaram uma dose de desanimo, na mesma proporção, aos apoiadores de Silas que, devido a campanha do quanto pior melhor, passaram a duvidar do sucesso das demais decisões de primeira instância.

NAS VEIAS

Na veia da oposição ao prefeito, o que se viu foi uma imediata secura do fluxo de ânimo que era, dia a dia, injetada pela ex prefeita e por aliados no afã de manter seus súditos, ora famintos e ainda vivos para carregar seu legado por mais algum tempo. Com veias politicamente infladas e outras definhadas pelo agora escasso prestigio político, nos bastidores azul e amarelo, que davam como certa a derrota dos recursos no Tribunal Eleitoral que manteria com isso a cassação, sob uma ótica politica mas inverídica de uma pretensa intervenção do governo a favor de Silas junto ao TRE-MG, o que graças a Deus e a desembargadores comprometidos com o seu legado institucional não aconteceu, paira agora a missão: manter a ideia de que o prefeito vai cair, viva!

O que se percebe agora, com esta decisão ainda em construção, é um fortalecimento político do prefeito em termos de reconquista da confiança interna e externa e um fortalecimento do irmão deputado que, ao contrário do que era pregado pela oposição a seu grupo, mostrou que mesmo contra forças invisíveis atuantes no campo político com sua devidas ramificações, tal como uma fenix, ressurge de um limbo político-jurídico e volta a cena,com o irmão devidamente fortalecido pela não cassação para novamente se alinhar no campo eleitoral com as baterias, agora recarregadas, para continuar os embates que por certo não acabarão. Resta agora as demonstrações do jus esperniandi das facções políticas, de todos os lados, com uma confortável e cada vez maior adaptação da cadeira de prefeito ao candidato mais votado em Lavras Marcos Cherem.

Já que falamos de decisões judiciais favoráveis ao atual prefeito, em tempo, a decisão do Dr. Célio Marcelino referente a limpeza urbana foi suspensa pela desembargadora do TJMG Hilda Teixeira.