ARTIGO 220º § 2 - VETADO

UFC POLÍTICO

No embate político há um argumento de que "vale tudo, menos perder". Há quem acredite que não, mas há quem acredite que a coisa é assim mesmo. Na tarde de ontem, domingo, o grupo do candidato tucano soltou um panfleto com uma pesquisa encomendada pelo Instituto Vox Populi. Até aí, nada demais tendo em vista que foi o próprio candidato que contratou a pesquisa.

O interessante é que os dados mostrados se referiam a pesquisa espontânea, o que, no período em que estamos, seria mais apropriado a estimulada, tendo em vista que o eleitor já está bem informado e quase decidido em quem vai votar. No papel, muitos dados foram simplesmente esquecidos e os gráficos criados para tentar confundir o cidadão pois, diante do que foi exposto, dados da intenção de votos estimulada e espontânea foram simplesmente misturados para tentar passar a sensação ao eleitor de que havia uma inversão de ordem. Pois bem.

A justiça eleitoral entendeu que haviam irregularidades e mandou recolher todo o material e proibiu a divulgação da pesquisa por parte da coligação tucana.  Mas não pensem que a coisa vai parar.

Segundo uma fonte, uma outra pesquisa foi contratada junto a empresa MDA, do cunhado e doador da campanha tucana para que "a coisa" se concretizasse e os números possam ser distribuídos. Segundo uma fonte, a pesquisa, que ainda deverá ser realizada, de forma encomendada, poderá trazer um quadro favorável ao candidato tucano. Não sei porque mas me veio uma lembrança de 2004 na cabeça.....será porque?!

CLAQUE VAZIA

A vida de Anastasia e Aécio , esperada com grande euforia por partidários do candidato tucano soou como frustração para os mais afoitos. Com um público extremamente reduzido em vista do que era esperado, as fotos da plateia praticamente não foram mostradas pelas redes sociais. 

Durante uma viagem de avião a Montes Claros, o senador Aécio Neves teve acesso a uma impressão do meu blog antes de ser censurado e chegou a comentar: "...é! Se virar isso aqui (??), já era", disse o senador que ficou feliz em construir a cidade administrativa.

Para piorar, um dossiê, envolvendo um candidato chegou até a mim por correio. Daí, não pensei duas vezes: entreguei ao candidato, em tese, ofendido, pois se tratava de vida particular e com isso eu não quero nem saber. 

Já um outro dossiê onde uma autoridade aparece em vários processos movidos pelo Ministério Público, esse sim estou analisando..de forma bem profunda.....

ELES PODEM!

Por Andréa Michael e Rubens Valente, Folha de S. Paulo
Laudo concluído nesta semana pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística) afirma ser autêntico o documento de três páginas que descreve um suposto caixa dois de R$ 91,5 milhões movimentados durante a campanha à reeleição do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais em 1998.
O documento, com data de 7 de junho de 2005, traz rubricas e assinatura, com firma reconhecida em cartório, atribuídas a Cláudio Roberto Mourão da Silveira, tesoureiro da campanha do tucano.

Entregue à Polícia Federal pelo lobista mineiro Nilton Monteiro, o documento aponta o que seriam a origem e o destino de cerca de R$ 100 milhões que teriam sido arrecadados para a campanha - dos quais só R$ 8,5 milhões foram declarados ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas.

Conforme o documento, o dinheiro beneficiou, além da candidatura majoritária de Azeredo - que teria recebido R$ 4,5 milhões-, pelo menos 124 candidatos de 12 partidos.
Na contabilidade, que é assinada por Mourão e de acordo com o laudo do INC não foi montada com a colagem da assinatura dele, as legendas que mais receberam repasses foram PFL (R$ 1,3 milhão), PTB (R$ 1,1 milhão) e PT (R$ 880 mil).

Afirma o documento que "foram arrecadados para a campanha, em 1998, mais de R$ 100 milhões, no decorrer da gestão final do governo de Eduardo Brandão de Azeredo. Destes recursos, só as empresas SMPB e DNA movimentaram R$ 53.879.396,86". As duas empresas são agências de publicidade das quais era sócio o publicitário Marcos Valério de Souza. Entre 2003 e 2004, foi das contas dessas agências que saiu o dinheiro usado no esquema do "mensalão".

A origem do dinheiro, de acordo com o relatado no documento, foram empréstimos para empreiteiras com aval do governo, fornecedores do Estado, "indústrias, bancos, corretoras de valores", órgãos públicos e "doleiros e outros colaboradores individuais".

Segundo a suposta contabilidade, oito órgãos da administração indireta e um da direta colaboraram com R$ 12,6 milhões para o patrocínio de um evento realizado pela SMPB, o "Enduro da Independência", mas apenas "uma pequena parcela" teria sido gasta efetivamente com o evento. A maior parte dos recursos teria sido "repassada à campanha por meio do [Banco] Rural e do Banco de Crédito Nacional".

AVISO

Caros leitores, em relação ao caso que envolve um cidadão(???), estou proibido de me manifestar ou escrever sob pena de multa de R$ 100 mil /dia. Espero que compreendam a minha ausência e mudez.