O texto está meio longo mas acredito que vale a pena ler.
“Ele falou demais”. Esta foi a principal fala dos vereadores
quando Chapisco, após eu ter publicado um artigo onde citava os gastos de
combustíveis do presidente da Câmara que, em 4 meses, daria para ir e voltar ao
Chuí duas vezes. O presidente da Câmara, diante da exposição negativa da
informação dada por mim, se utilizou do púlpito para tentar me desmentir a
afirmar que realmente ele usava a verba de gabinete para “serviços” da Câmara.
Não “estando” satisfeito, Chapisco resolveu enumerar os gastos de todo os
vereadores e a relação de gastos dos gabinetes, bem como valores pagos pelos
vereadores tais como: manutenção de
veículos, telefones dos gabinetes, sites, celulares, padaria, peças para carros, despasa de viagem e outras tantas despesas que deixaram o eleitor boquiaberto. O desespero do
presidente e a não avaliação da bravata pública, rendeu ao presidente e aos demais
vereadores um termo de ajustamento de conduta junto ao MP para que a verba
fosse extinta, oque aconteceu sem alardes, mas publicada por mim neste blog.
Diante do termo assinado e com a certeza da extinção de
futuras dores de cabeça, o presidente ficou tranquilo pois, diante do acordo,
ele acreditava que nenhuma outra sanção seria imposta. Foi aí que a casa caiu.
A bravata chapiscana acaba de render aos vereadores duas
ações, sendo uma cível e uma criminal onde o promotor da 3ª Vara, Dr. Eduardo,
que, por não entender a lei que prevê a verba de representação como legitima e diante dos dados fornecidos pelo próprio Chapisco durante uma sessão da Câmara
pediu a comprovação de todos os gastos feitos por cada vereador e, diante dos
dados levantados e antecipados por Chapisco, entrou com as ações contra os
vereadores. Na ação, o promotor levantou gastos feitos por vereadores de 2001 até agora e
pediu, salvo melhor juízo, 30 vezes mais o valor gasto por cada um vereador
como forma de multa e ressarcimento aos cofres públicos, além é claro da ação
de improbidade administrativa contra os vereadores. Chapisco falou demais e se comprometeu e mais ainda a todos os outros!
.
Para piorar ainda mais a situação, o promotor pediu o
bloqueio de bens dos vereadores afim de satisfazer o seu pedido entregue a
justiça que deverá julgar o caso. E aí que se nota que Chapisco mais uma vez
falou demais. O presidente da Casa disse que adquiriu uma franquia de loteria em
pareceria com o advogado da casa, Dr. Antônio Hamilton, por R$ 140 mil. Segundo informações, a parte
do então sócio já teria sido adquirida pelo presidente. Além disso, durante uma
reunião do legislativo, Chapisco afirmou que adquiriu um terreno a beira lago
na represa do Funil para seus momentos de lazer. Agora, diante das falas do
presidente, o Ministério Público poderá buscar estes bens para garantir o valor
pedido em forma de multa e restituição aos
cofres públicos. Ou seja: Chapisco falou demais e explicou de menos. Se expos demais e
trouxe a luz da justiça bens que poderão ser constritos, e o pior,
jogou todos os vereadores na maior enrascada dos últimos tempos, com prejuízos de todas as formas, comprometendo bens pessoais e complicando
a situação jurídica de todos os edis.
Na oportunidade da bravata presidencial, Chapisco disse que
teria cheques devolvidos meus e que seriam expostos. Eu o desafiei a publicar e
até o dia de hoje, eles, os cheques não apareceram. Na ocasião eu fisse que se ele não publicasse , eu publicaria a sentença que o condena em segunda instência, oque, em tese, o colocaria como ficha suja em 2012 caso a lei do A Ficha limpa venha se ser reconhecida em seu inteiro teor para as eleiçoes do ano que vem. A publicação poderá ser feita a tempo e a hora.
O que apareceu mesmo foi o
Ministério Público, que devido a falta de silêncio do presidente vereador,
jogou todos os outros vereadores na mesma vala em que ele estava.
Os vereadores deverão ser notificados da ação na semana que
vem. O tiro, ao que parece, saiu pela culatra.