O PREÇO DA POLÍTICA

Antes criticado no passado por ter mudado de partido após a sua eleição, o deputado Fábio Cherem acaba de fazer escola, e o pior, dentro da ala de oposição na Câmara. Vários edis acabam de anunciar o troca troca de partidos e comandos.

Sem alardes e capitaneada pelo QG da Venerando Pereira, uma curio$a debandada foi articulada pelo empresário Mida$ e levou, de uma só vez, do leito antes dominado pela ex-prefeita, dois vereadores do PSDB, Dr. Cléber e Daniel Costa, sendo o último a assinar hoje a transferência para o recém-criado e ainda sem registro Rede Solidariedade. 

Tilili também migrou do PR para o outro partido recém-criado, o PROS.  O vereador sabe que precisa se desvencilhar daqueles que o ajudaram a chegar na cadeira do legislativo e com isso montar algo mais tranquilo e com riscos controlados para 2016. 

Além dos dois edis, Leandro Moretti e Jose Bento mudaram de partido e também se aninharam no Rede. Ou seja: CAP, rebanhando, conseguiu tirar das mãos de Jussara dois vereadores e juntou quase todos da oposição em um só partido. Qual teria sido o milagre? Fácil! CAP pode ter prometido uma sigla para cada um, podendo assim acertar o setup dos candidatos-escadas para em 2016 navegarem num mar sem turbulências, se é que me entendem. 

A manobra foi considerada primordial para que CAP consiga um apoio político para 2014, caso consiga registrar sua candidatura. Nos bastidores, José Bento já teria anunciado que não apoiará Cherem caso seja candidato a deputado estadual, sendo sua preferência destinada ao Sargento Rodrigues. 

Como CAP, que de bobo não tem nada, estaria preparando uma surpresa para 2014; os vereadores que migraram para a Rede podem ter caído, ou entrado por vontade própria, numa armadilha que os obrigaria a apoiar CAP em 2014. 

Com sua carroça política ainda sob-rodas quadradas devido ao inicio de sua gestão, o chefe do executivo tenta fazer a coisa andar sob solavancos nos campos políticos e jurídicos, conseguindo vitórias importantes no segundo campo. Já no primeiro, a coisa ainda precisa arredondar para dizer ao que veio.

No Palácio, ao meu ver, sob a cortina de fumaça emanada por assessores que de uma certa forma fazem barulho para que outras vozes que estão de fora do Palácio não sejam ouvidas pelo prefeito, acredita-se que há muito tempo para que as coisas se estabilizem e as abóboras se ajeitem na carroça com os solavancos que estão ocorrendo e por certo ainda virão. Há quem diga que a ampulheta do tempo político já teria sido virada há muito tempo. Também há quem diga: “Caaaalmaaaa, depois a gente reverte isso.”   

No meu parco conhecimento do minado campo da política, Jussara perde força e CAP ganha pontos. Focado em outros detalhes, o chefe do executivo deixa margens para atuações em sua aba política e olha as nuvens sob outro prisma, sem uma atuação mais contudente. 2014, já quase ali, promete.