quinta-feira, 18 de setembro de 2014

SAUDADES DO BRASIL!





Ola amigos. Saudações a todos aí neste meu país que há anos não tenho contato e me vi obrigado a fugir. Aqui no exílio, ouvindo Chico, Roberto Carlos e Geraldo Vandré, vai tudo bem, obrigado!, na medida do possível, apesar do regime ditatorial e do cerceamento da liberdade de expressão, do abuso de alguns membros da Corte Marcial aqui deste país enterrado nos Quintos do fim do mundo e chamado Sarval.

Vi com tristeza, mas no bom sentido, uma noticia advinda daí, da saudosa terra, e resolvi republicar pra vocês (isso aqui é crime punível com multa, cassação de direitos e censura), que, diante da grata surpresa, resolvi compartilhar, até que mandem me censurar ao custo de uma bala na cabeça dos meus direitos civis. Se eu sumir, desde já me despeço com saudade e afirmo: o regime, aqui, foi quem mandou me matar.

Segue para reflexão um trecho da decisão em que o Ministro do Supremo Tribunal Federal, aí do Brasil, Luis Roberto Barroso, derrubou a liminar que proibia a divulgação do nome de um político ligado ao escândalo do "Petrolão", assemelhado aos Mensalão do PT e ao Mensalão Mineiro ai no Brasil:


"A decisão impôs censura prévia a uma publicação jornalística em situação que não admite esse tipo de providência: ao contrário, todos os parâmetros acima apontam no sentido de que a solução adequada é permitir a divulgação da notícia, podendo o interessado valer-se de mecanismos de reparação a posteriori.... há evidente interesse público da reportagem e, caso haja algum tipo de dano, Cid Gomes deveria buscar indenização, e não impedir a divulgação da notícia.", Luís Roberto Barroso, Ministro do STF.


Caros amigos. Pena que estou aqui, tão longe, exilado na republiqueta chamada Sarval, onde o entendimento das leis e o constitucional é muito diferente daquela que existe aí, neste país longíncuo chamado Brasil. Me despeço com saudades e desejo a todos dias melhores aos que tenho vivido aqui. Aqui são sempre os mesmo que comandam e buscam tentáculos em varias esferas para se manterem no poder.  E o pior: conseguem! Ainda bem que vocês aí não sofrem com isso e tem um governo honesto, sem aparelhamentos, com justiça e com pessoas de bem.

Só me restou uma janela e um ponto de luz não tão longe para que eu me mantenha esperançoso e acreditando que um dia conhecerei os efeitos práticos de uma verdadeira democracia vivida por vocês, aí! 

Até um dia!


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

POR DE TRÁS DA NOVA PORTA



Decidido pelo TSE, o futuro político de Marcos Cherem e Tide foi "fluminensemente" decidido e agora, salvo alguma decisão de recurso a ser interposto, o que creio que dificilmente acontecerá,  deixarão o Palácio Perimetral para dar lugar a Silas. 

Sem entrar no mérito da decisão, mesmo discreto, o ex-patrão do filho de Silas, Ministro Gilmar Mendes, que ontem ajudou a derrotar o parecer de Luciana Lóssio que remeteria o recurso ao TRE em Minas, deu sinais eloquentes, porém discretos, de que já havia um consenso construído após receberem um farto material a titulo de “memorial” alguns dias antes da sessão. 

Entre frases pragmáticas e perguntas sem respostas aparentes, conclui-se que Silas acertou e Marcos Cherem, quando tentou acertar, "errou". 

Silas acertou em fazer o jogo comum de "saltimbancos políticos". Silas fez o que a lei exige para que não se volte contra quem dela dependa. Declarou gastos superiores aos de Marcos Cherem e ao mesmo tempo declarou que só teria contratado 8 pessoas. 

Creia quem quiser. 

Cherem, por sua vez, fez o que lhe parecia devido. Informou à justiça eleitoral todas as suas contratações, o que fora usado contra ele. Cherem, ao final do pleito, em comum acordo com familiares, decidiu recuar e não levar Silas ao embate familiar que se instaurou depois das urnas.Recuou. Poupou e não foi poupado. 

Cherem se apoiou no “técnicamente correto”. Reduziu salários de sua equipe. Cortou privilégios e horas extras. Enxugou a máquina. Deixou de fora, ou na varanda, aliados de primeira hora em nome da uma “pseudo governabilidade”. Feriu a própria carne em nome do que acreditava ser o correto. Perdeu aliados que antes empunhavam bandeiras em prol do seu legado. Ficaram pelo caminho do “administrativamente correto” acreditado por Marcos Cherem. Pelo caminho  angariou alguns simpatizantes. Ao mesmo tempo, desafetos movidos pelo bolso e por vantagens "desservidas". Vieram à tona em busca de sua cabeça. 

Fez o que muitos não fizeram em tempos de caixa vazio e necessidade de investimentos. Pagou dividas – quase 70 milhões ao todo - e renegociou o que antes se arrastava na justiça. Obrigou a prefeitura a nada dever ao LavrasPrev, determinando o desconto na veia jugular do Palácio, ou seja, nos recursos minguantes da seca originária do governo federal chamado FPM. 

Marcos Cherem quis ser o que normalmente não se vê na política: administrador.  Fez de seu mandato uma extensão de sua casa. Agiu duramente contra interesses e errou muito pouco. Alguns erros foram por teimosia. Outros, por ideal. 

Não se furtou a dizer não. 

Em seu secretariado, nomes se destacaram. Outros também assim o fizeram no sentido anti-horário, mas foram poucos. Governou por 2 anos quase com critérios até pessoais como administrador. Por vezes, se manteve inerte a apelos em busca de algum fôlego em termos de vantagens por aliados. Foi duro. Foi seco. Fez o que ninguém havia feito até mesmo para parentes próximos e disse não. Marcos Cherem enxergava como vantagem para o município o fim delas. Cortou veias que jorravam a terceiros. Estatizou negócios vantajosos somente para quem lucrava com os serviços. 


Marcos Cherem ignorou antigos parceiros em nome da governabilidade. Acreditou em novos; e se deu mal. Trabalhou como se a prefeitura fosse sua em seu aspecto mais que profissional. Cortou horas extras, que antes eram moedas de troca, por rigidez no cumprimento de horários. Fez do caixa do Palácio, uma controlada fonte de renda para o município. Não deixou tributos e obrigações serem desperdiçadas e nem deixadas de lado. Foi duro com que precisava pagar e fez valer o ditado de que todos são iguais. Cobrou de quem teria que pagar e não fez ajustes. 

Foi sim, em alguns, casos impopular. Optou por fazer o que teria que fazer em detrimento de quem receberia o sim ou o não. Em suma: Marcos Cherem foi um prefeito sonhado por todos, mas que na pratica não agradava quem só vivia de um discurso politicamente correto. 
Fez o que tinha que fazer.

Hoje pela manha, às 7 horas, estava na prefeitura trabalhando como se não tivesse sido cassado. Prometeu exonerar todos os cargos e pagar a todos os seus direitos. Até na hora de sair, quer cumprir a risca o que o estilo correto e formal marcou sua conduta na hora de entrar. 

Assim se vai um mandato adquirido na urna. Começa um conseguido no tapetão. Decisão judicial tem que ser cumprida. A vontade do povo, ao que parece, não. 

Que venha Silas. A sociedade vai cobrar algo e pessoas melhores na futura gestão. 

Não há mais espaço para aparelhamento e nem tão pouco para escândalos como os de outrora. Será preciso fazer mais. Será preciso dar explicação. Será preciso seriedade para com a coisa pública. 

Que venham, então!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

DINHO LINGUA GRANDE





"ROCKALIZANDO" A POLÍTICA

Os shows da Ufla estão caindo no gosto da população. O  de ontem  levou quase 20 mil pessoas à Universidade e, a exceção do som, agradou a muitos dos que lá estiveram. 

No show de ontem estrelado pelo grupo Capital Inicial, além dos sucessos de outrora e dos atuais, o ponto que mais chamou a atenção do público politizado foi a fala do vocalista da banda, Dinho Ouro Preto, sobre as eleições do mês que vem. 

Dinho disse que estaria pensando em votar na candidata Marina, o que causou em agentes políticos um certo “ran-ran” e em outros alguns sorrisos laterais carregados de surpresa e irônia. 

Um alto dirigente da Universidade, ao ouvir o discurso pessoal e político do vocalista, teria ficado irado e ruborizado em virtude do momento político. 

Indiferente, Dinho falou claramente sobre sua preferência política mesmo sendo a festa paga com recursos federais, advindos de um governo em plena campanha à reeleição. 

Mesmo com a saia justa, o show agradou a gregos, troianos e moicanos, para ser politicamente correto.

COLENDA 

Marcada para amanhã, a audiência do Tribunal Superior Eleitoral que irá analisar o recurso interposto pela assessoria do prefeito Marcos Cherem deverá colocar ponto final na pendenga. Pelo lado processual e de direito, a tese defendida pelo grupo da ex-prefeita se apoia no “faça o que eu falo, mas não faça o que eu fiz”(editado por mim). 

Nos bastidores há a expectativa do viés político acerca de decisão. Outros, de forma veemente, acreditam que a coisa vai ser técnica. 

Pelas ruas da cidade, sem entrar no mérito da coisa, Marcos Cherem estaria com um placar elástico em relação ao apoio popular. 

Se Silas perder, o caminho já utilizado para BH deverá ganhar um sentido quase sem volta. Se ganhar, terá que fazer mais do que já está sendo feito sem contar, pelo visto, com o apoio do "seu ninho" que ao que parece sofre com as pesquisas rumo às urnas.

1+1+1+1+= 20

De dentro das campanhas de Fábio Cherem, Dâmina CAP e Dehon, a movimentação de assessores é grande nos bastidores. No aeroporto da cidade, ora sai voo de Dâmina CAP, ora sai voo de Cherem. 

Os destinos às vezes são distintos. Em outros, convergentes. Assessores trabalham já com planilhas das bases eleitorais e começam a contabilizar os votos e as possibilidades acerca da eleição. Na base de Dâmina CAP os otimistas trabalham com aproximadamente 120mil votos. 

Outros, com um prato de caldo de galinha na mão, puxam pra baixo a expectativa e apostam em algo em torno de 80 mil. Na base de Cherem a aposta é de que os votos devam beirar os 60 mil votos para que ele possa ter a chance de se reeleger a estadual. 

Denhon Tratores, devidamente impulsionado pelo QG, começa a fazer o trabalho de porta a porta partindo de bairros da periferia. Dehon quer se manter na mente do eleitorado e acredita que terá o apoio do grupo atual para prefeito em 2016. Até lá, muita coisa ainda vai acontecer. 

Dia 5 medirá e apontará o futuro político de cada um. O passado recente é uma excelente fonte de inspiração para Dehon, Cherem e CAP.