Caros leitores.
Devido as festas de fim de ano, férias e projetos
pessoais, admito que me ausentei por aqui. Mas mesmo diante do apagar das luzes de
2013, há que se fazer um balanço do cenário político e administrativo lavrense
sob uma ótica muito pessoal.
Dentro do cenário legislativo, a mudança do quadro de 10
para 17 vereadores, o que gerou expectativas em relação a uma possível melhoria do nível de
representatividade, deixou a todos com um certo ar de incredulidade. Por um lado, uma
bancada de apoio ao executivo que, em tese, se acreditava que traria uma apoio
veemente ao Palácio, frustrou a quem piamente apostou.
A bancada deu sinais ambíguos. Hora acenava
para uma debandada, ora acenava com o polegar em riste rumo ao Palácio. Há quem diga que
faltaram “lastros”. Há quem diga que sobrou cintura dura de quem deveria
arregimentar.
Nos bastidores sobravam descontentamentos até então velados por parte
dos da bancada de governo. Oficialmente, no tete a tete, os sinais rumavam do
norte para o sul sem pestanejar. Uma ala apontava que o cenário de indecisão
quanto à cadeira do executivo ajudou a deixar a bancada como um dente de leite,
ou seja, existe, mas não se pode acreditar que ficará ali por muito tempo.
Nas
votações mais, digamos, "complicadas", vieram mostras de que “...seu pedido não é
uma ordem que irei cumprir”. A votação das contas da prefeita que o diga.
Noutra banda, o da oposição, esperava-se muito mais.
Noutra banda, o da oposição, esperava-se muito mais.
Lastreada por vereadores
devidamente orientados por suas facções políticas, esperava-se mais dos mesmos. Alguns,
devidamente vislumbrados com o pseudo-poder, desajustaram. Sentiram na pele a
exposição e se perderam no caminho da oposição segura. Entre os membros da
bancada oposicionista não houve destaque para um ou para outro. Se amontoaram e perderam a voz pelo caminho sob um discurso ameaçado por atos de militantes partidários feitos no passado.
A falta de
coordenação e a vaidade de alguns serviram como entrave para um trabalho de
grupo. Para alguns, faltou humildade. Para outros, atitude. Os ataques ensaiados chegaram às vias da pessoalidade
e com isso sentiram o tiro no pé. Descobriram que explicar é muito mais difícil
do que atacar e com isso a descoberta de que na política, para quem não saber
se fazer suar na labuta da disputa, a sombra é o melhor lugar.
Despreparados? Não. Faltou conteúdo e postura real de oposição, sem ser oposição partidária tão somente.
Despreparados? Não. Faltou conteúdo e postura real de oposição, sem ser oposição partidária tão somente.
No Palácio, assumido sobre as penuras da ex-prefeita, viu
se um engajamento técnico para salvar o cofre. Intentos foram feitos e
conseguidos. Para isso, benesses, até então já consolidadas como que sendo um “quase direito”,
foram dizimadas. Sobrou trabalho, eficiência e coragem. Hoje, entre aqueles que
contavam com horas extras fixas e vantagens, sobram impropérios, cobras &
lagartos. Não houve uma medida técnica-política.
Vislumbrou-se quase que tão somente a parte administrativa e funcional da coisa. Mas como diz o ditado, cargo de prefeito não é conseguido por simples competência. Há que se olhar também a parte política, pois dela se traz o voto. A retidão é importante? É. Sem duvidas. Mas a condução política também não pode faltar.
Vislumbrou-se quase que tão somente a parte administrativa e funcional da coisa. Mas como diz o ditado, cargo de prefeito não é conseguido por simples competência. Há que se olhar também a parte política, pois dela se traz o voto. A retidão é importante? É. Sem duvidas. Mas a condução política também não pode faltar.
Quem com isso pode falar com
propriedade é a própria ex-prefeita que, à custa de uma “retidão administrativa”
no que tange ao seu grupo, manteve e mantém todos a seus pés. Isso gerou um
custo para a cidade? Sim. Sem duvidas.
Mas no campo político lhe gerou dividendos.
Ora, meu caro, então você está falando em ser político e não ser técnico?
Claro que não.
Ora, meu caro, então você está falando em ser político e não ser técnico?
Claro que não.
Aponto aqui a
necessidade do equilíbrio necessário para que as urnas não respeitem tão somente aqueles que foram beneficiados no passado e com isso gere a vontade/necessidade
de um retorno de um grupo ao poder em busca das benesses até então perdidas.
Ainda
que com demonstrações quase escarióticas, que por certo poderão ser retribuídas
no futuro próximo, o chefe do executivo segue sua tese do ser “correto/justo e
doa a quem doer”, acreditando em dias melhores no ano que começa daqui a pouco.
2014 é decisivo para o Palácio, políticos em fase de requenta e admiradores de 2016. Caso se confirme a pretensão e necessidade de uma reeleição de Fábio Cherem, o Palácio pode se fortalecer nos 3 anos restantes e com sinais de endurecimento do cofre por parte dos governos estadual e federal.
2014 é decisivo para o Palácio, políticos em fase de requenta e admiradores de 2016. Caso se confirme a pretensão e necessidade de uma reeleição de Fábio Cherem, o Palácio pode se fortalecer nos 3 anos restantes e com sinais de endurecimento do cofre por parte dos governos estadual e federal.
Sobrarão disputas por
cadeiras em BH e Brasília e o ano que começa em instantes servirá como divisor de
um passado requentado e uma nova administração que aposta na rigidez administrativa
em vez da maleabilidade política.
Com dizia meu velho avô, que me ensinou a
tacar manga verde no bico da manga madura: “... meu filho, o rio não sobe montanhas. As voltas
que ele dá é para que seu caminho rumo ao mar não cause
grandes estragos e lhe dê um percurso sereno e o mais tranquilo possível”. Há quem aposte que
o velho ditado não precisa ser seguido tão à risca.
As urnas, medidoras fieis de características administrativas e políticas, poderão, amanhã, dizer
que o velho ditado é sábio ou não.
No ano que se aproxima, aqui estaremos, de forma mais presente e opinativa, como não poderia deixar de ser.
No ano que se aproxima, aqui estaremos, de forma mais presente e opinativa, como não poderia deixar de ser.
Que venha 2014!