Cuidadosamente articulada para “dar certo”, a manobra
feita pelo vereador Leandro Moretti para migrar para o PT, deu errado. Mesmo ostentando uma estrela vermelha no
peito durante a última sessão da câmara, o vereador Leandro Moretti conseguiu
ser expulso do partido antes mesmo de sua oficial filiação.
Nos bastidores havia a informação de que o vereador teria
conseguido uma “Carta” a qual autorizava o edil a se desfiliar do partido sem,
contudo, perder o mandato. Diante disso, cresceu os rumores de que ele teria se
filiado ao partido Solidariedade e, em seguida, se filiado ao PT.
Para minimizar riscos, Moretti tratou de levar para seu
gabinete a primeira suplente da sua coligação, Marilene do Posto, a qual o
vereador teria começado a dizer que iria se afastar para tratar de sua saúde
para, com isso, manter a chama acesa na referida suplente afim de deixa-la
acreditar que teria uma chance de assumir a cadeira de vereador em seu lugar,
temporarimente, é claro.
A manobra teria surgido com o apoio a Arimatéia para o
cargo de presidente municipal do PT e que, de forma alinhada, costurava um
apoio a candidata Gleide Andrade,.
Desde a ultima terça-feira, cresceram os rumores de que o
partido recusaria o nome do vereador Moretti. Na terça-feira a noite a coisa já
era dada como certa e a sua rejeição junto a sigla seria oficializada na quinta
feira, amanha, pela direção estadual do PT. Confesso que esperei a confirmação
da rejeição para publicar mas, estranhamente, a coisa vazou.
SUPLENTE ?????
Moretti sabe que existem prazos para que o partido e os
suplentes possam entrar na justiça e reinvidicar a cadeira. Neste caso, existem
entendimentos de que o prazo para o partido pleitear a vaga seria de 30 dias e,
subsequentemente, mais 30 dias para os suplentes solicitarem a cadeira para si.
Segundo uma fonte de dentro das estrelinhas, com Marilene
do Posto em seu gabinete, a intenção do vereador Moretti seria mantê-la inerte e com isso
ganhar o tempo prescricional para se ver livre de um possível intento contra
sua cadeira na justiça.
Para um renomado jurista no campo eleitoral, caso
Marilene do Posto decida-se abandonar o salário de quase R$ 800 para brigar
pela cadeira do vereador –chefe, poderá saltar de R$ 800 para quase R$ 7 mil
mensais e ocupar a cadeira do legislativo.
Agora fica a pergunta: com a desfiliação do partido,
feita de forma meio nebulosa, e com essa chance jurídica e real de apoderar-se
da cadeira do vereador Moretti, Marilene do Posto vai ou não brigar para
assumir o seu provável lugar na câmara?!
Teria ela acreditado na versão oficial de Moretti que ele realmente iria
se afastar para deixa no cargo??
A CADEIRA DO JOSÉ
Outra hipótese trabalhada junto à Marilene
seria a de que Jose Marcio Faria deixaria a Câmara para voltar ao exterior e
com isso ela assumiria a cadeira e não ofereceria riscos a Moretti.
Em contanto com o vereador Jose Márcio, de forma categórica,
ele disse que não vai deixar seu mandato. Ou seja: a cadeira dele Marilene não pega.
A DECISÃO
Restou a chance, cavada pelo próprio vereador Moretti,
quando do seu desligamento do PRTB, abrindo com isso um canal para Marilene
sair da função de empregada para patroa.
Marilene vai querer a cadeira ou conseguirão convencê-la de que ela não tem chances? Tem advogado esfregando as mãos para pegar a causa e falando bem baixinho: “...é causa ganha!!!”.
O sonho vermelho para o vereador, que agora se transforma
em pesadelo, ao que indica a direção do partido em Minas, pode acabar de forma inesperada,
ou melhor, sem chão, sem o partido e, quiçá, sem a cadeira de vereador.