OLHA
A ONDA!
A
penúltima sessão da câmara serviu para mostrar a quantas anda os
posicionamentos internos das bancadas de oposição & situação. O projeto que
visava proibir o tratamento de esgoto de outras cidades do Brasil em Lavras
serviu de cavalo de batalha para que as forças fossem medidas e enxergadas.
Com
um plenário lotado de funcionários da empresa que trata os resíduos rejeitados
por outras cidades do Brasil, a exceção de João Paulo e Anderson Garçom, os
demais votaram pela não proibição do tratamento dos dejetos em Lavras e
mantiveram o serviço da empresa nas terras dos Ipês. Ponto para a empresa. A
meu ver, derrota para o prefeito e para o meio ambiente.
Já
para quem assiste de fora à partida no campo político, as “raízes dos dentes de
leite da bancada” de apoio ao prefeito foram expostas e foi possível detectar
quem é quem no tabuleiro de xadrez durante a navegação política da atual
administração.
De tudo isso, vem uma conclusão: a cada onda, a cada demonstração
de apoio que se faz necessária, se descobre que ninguém da bancada de apoio tem
posição fixa e concernente ao Palácio. Com isso se descobre que existem os
chamados “líberos políticos”, se é que me entendem! Já se fala que a cada
votação, o resultado não será de prévio conhecimento de ninguém. Pelo jeito, eu
não duvido.
LAVANDO
AS MÃOS
O
processo seletivo montado pela Câmara está mobilizando a bancada de oposição.
Alguns vereadores estariam até mesmo convidando pessoas na rua para se inscreverem
no processo seletivo e que muitos estariam confundindo com concurso público.
Internamente pressionado, Possato cedeu e deixou a comissão responsável pelo processo seletivo
nas mãos de uma servidora da Câmara (eficiente por sinal) e sob a regência do ético vereador
José Marcio Faria e do vereador de oposição, Tilili.
Nos corredores um “vereador
camaleão” não se cansa de bradar de que quer ver as pessoas que foram
contratadas pelo presidente fora da casa legislativa, custe o que custar, o que
chega a ser emblemático.
Dos cargos oferecidos para o processo seletivo, com
prazo de duração de 6 meses, prorrogáveis por mais 6 meses, 8 deles estão sub-júdice e
quem “passar” poderá ter deixar o cargo a qualquer momento caso sejam decididas
as ações que estão na justiça.
Acredito que esta informação deveria ter sido
publicada no referido edital para que todos pudessem estar cientes da real situação de cada um.
Acho que a omissão desta informação ainda poderá
trazer dor de cabeça para o presidente.
RESTA
UMA
O
voto que faltava no processo que pugnou pela nulidade da cassação do mandato do
chefe do executivo foi dado. Placar final: 4 x 2. Com isso a sentença de 1ª
instância foi derrotada. Faltam dois recursos para serem julgados e um deles
deverá ocorrer na semana que vem.
Nos bastidores da política o resultado não
foi visto como surpresa. Mesmo ainda envolto na questão, o advogado e filho de Silas, Flávio Unnes,
ainda tenta algum movimento que possa levar a instâncias superiores para uma,
quem sabe, reversão da decisão, tida por correligionários, como quase certa em
desfavor do Palácio Perimetral.
Movido pelo sentimento do revés, a ideia de
marcar ponto no terreiro eleitoral em 2014, segundo uma fonte, está sendo
cuidadosamente inflamada.