TEM ALGUÉM AI ?

Ainda em 1992, quando exerceu pela primeira vez ao seu mandato como prefeita, Jussara Menicucci contraiu um empréstimo junto ao projeto SOMMA que totalizou, considerando cálculos atuais, quase 4 milhões de reais. A verba era para construir interceptores pela cidade e para isso uma empresa foi contratada. Denunciado pela Tribuna de Lavras à época, o caso se tornou um escândalo e uma investigação foi feita pelo Ministério Público e que se arrastou por longos anos. Concluída a investigação, tendo como promotor do caso Dr. Dimas Messias de Carvalho, foi pedido o arquivamento do processo por, segundo o MP, falta de provas. A corregedoria entendeu que existiam sim indícios fortes para que a investigação fosse levada à frente e designou o promotor Dr. Aécio Rabelo como titular do caso para que todo o processo fosse reavaliado, pedindo assim o Dr. Aécio que uma perícia técnica fosse feita onde supostamente estariam os interceptores, vindo a concluir que houve somente o gasto sem efetivamente existir a obra. Ao todo, para dirimir todas as dúvidas, foram feitas três perícias para concluir o caso. Diante disso, o promotor designado para o caso, Dr. Aécio Rabello, resolveu abrir uma ação civil pública e indiciar a prefeita a devolver aos cofres do município quase 5 milhões de reais, a titulo de ressarcimento ao erário daquilo que, segundo o MP, teria sido gasto sem que houvesse a obra, levando a crer que o dinheiro teria sido desviado. Diante disso, Dr. Aécio Rabello embasou sua denuncia que contém a seguinte expressão: “Não existe correlação custo/beneficio, pois sou houve custo. A obra não teve nenhuma utilidade para a cidade passados mais de 14 anos”, afirmou o promotor em sua petição. Diante do que foi apurado, não restou ao MP indiciar a prefeita e pedir o bloqueio de todos os seus bens, móveis e imóveis, contas bancárias e aplicações para garantir, caso a denuncia seja aceita, o ressarcimento ao município daquilo que supostamente teria sido desviado. Jussara poderá ainda constituir sua defesa e se manisfestar. Como se trata de interesse público, o pedido do promotor para que os bens da prefeita sejam bloqueados deverá ser aceito pela justiça. Os dados publicados aqui podem ser conferidos junto ao processo que já está correndo na justiça, sem a alcunha do segredo de justiça.

Bom final de semana a todos!