terça-feira, 31 de dezembro de 2013

BALANÇO PELO CAMINHO





Caros leitores.

Devido as festas de fim de ano, férias e projetos pessoais, admito que me ausentei por aqui. Mas mesmo diante do apagar das luzes de 2013, há que se fazer um balanço do cenário político e administrativo lavrense sob uma ótica muito pessoal.
Dentro do cenário legislativo, a mudança do quadro de 10 para 17 vereadores, o que gerou expectativas em relação a uma possível melhoria do nível de representatividade, deixou a todos com um certo ar de incredulidade. Por um lado, uma bancada de apoio ao executivo que, em tese, se acreditava que traria uma apoio veemente ao Palácio, frustrou a quem piamente apostou. 

A bancada deu sinais ambíguos. Hora acenava para uma debandada, ora acenava com o polegar em riste rumo ao Palácio. Há quem diga que faltaram “lastros”. Há quem diga que sobrou cintura dura de quem deveria arregimentar. 

Nos bastidores sobravam descontentamentos até então velados por parte dos da bancada de governo. Oficialmente, no tete a tete, os sinais rumavam do norte para o sul sem pestanejar. Uma ala apontava que o cenário de indecisão quanto à cadeira do executivo ajudou a deixar a bancada como um dente de leite, ou seja, existe, mas não se pode acreditar que ficará ali por muito tempo. 

Nas votações mais, digamos, "complicadas", vieram mostras de que “...seu pedido não é uma ordem que irei cumprir”. A votação das contas da prefeita que o diga. 

Noutra banda, o da oposição, esperava-se muito mais.  

Lastreada por vereadores devidamente orientados por suas facções políticas, esperava-se mais dos mesmos. Alguns, devidamente vislumbrados com o pseudo-poder, desajustaram. Sentiram na pele a exposição e se perderam no caminho da oposição segura. Entre os membros da bancada oposicionista não houve destaque para um ou para outro.  Se amontoaram e perderam a voz pelo caminho sob um discurso ameaçado por atos de militantes partidários feitos no passado.

A falta de coordenação e a vaidade de alguns serviram como entrave para um trabalho de grupo. Para alguns, faltou humildade. Para outros, atitude.  Os ataques ensaiados chegaram às vias da pessoalidade e com isso sentiram o tiro no pé. Descobriram que explicar é muito mais difícil do que atacar e com isso a descoberta de que na política, para quem não saber se fazer suar na labuta da disputa, a sombra é o melhor lugar.

Despreparados? Não. Faltou conteúdo e postura real de oposição, sem ser oposição partidária tão somente.

No Palácio, assumido sobre as penuras da ex-prefeita, viu se um engajamento técnico para salvar o cofre. Intentos foram feitos e conseguidos. Para isso, benesses, até então já consolidadas como que sendo um “quase direito”, foram dizimadas. Sobrou trabalho, eficiência e coragem. Hoje, entre aqueles que contavam com horas extras fixas e vantagens, sobram impropérios, cobras & lagartos. Não houve uma medida técnica-política. 

Vislumbrou-se quase que tão somente a parte administrativa e funcional da coisa. Mas como diz o ditado, cargo de prefeito não é conseguido por simples competência. Há que se olhar também a parte política, pois dela se traz o voto. A retidão é importante? É. Sem duvidas. Mas a condução política também não pode faltar. 

Quem com isso pode falar com propriedade é a própria ex-prefeita que, à custa de uma “retidão administrativa” no que tange ao seu grupo, manteve e mantém todos a seus pés. Isso gerou um custo para a cidade?  Sim. Sem duvidas. Mas no campo político lhe gerou dividendos. 

Ora, meu caro, então você está falando em ser político e não ser técnico? 
Claro que não. 

Aponto aqui a necessidade do equilíbrio necessário para que as urnas não respeitem tão somente aqueles que foram beneficiados no passado e com isso gere a vontade/necessidade de um retorno de um grupo ao poder em busca das benesses até então perdidas. 

Ainda que com demonstrações quase escarióticas, que por certo poderão ser retribuídas no futuro próximo, o chefe do executivo segue sua tese do ser “correto/justo e doa a quem doer”, acreditando em dias melhores no ano que começa daqui a pouco. 

2014 é decisivo para o Palácio, políticos em fase de requenta e admiradores de 2016. Caso se confirme a pretensão e necessidade de uma reeleição de Fábio Cherem, o Palácio pode se fortalecer nos 3 anos restantes e com sinais de endurecimento do cofre por parte dos governos estadual e federal. 

Sobrarão disputas por cadeiras em BH e Brasília e o ano que começa em instantes servirá como divisor de um passado requentado e uma nova administração que aposta na rigidez administrativa em vez da maleabilidade política.

Com dizia meu velho avô, que me ensinou a tacar manga verde no bico da manga madura: “... meu filho, o rio não sobe montanhas. As voltas que ele dá é para que seu caminho rumo ao mar não cause grandes estragos e lhe dê um percurso sereno e o mais tranquilo possível”. Há quem aposte que o velho ditado não precisa ser seguido tão à risca. 

As urnas, medidoras fieis de características administrativas e políticas, poderão, amanhã, dizer que o velho ditado é sábio ou não. 

No ano que se aproxima, aqui estaremos, de forma mais presente e opinativa, como não poderia deixar de ser. 

Que venha 2014!

sábado, 14 de dezembro de 2013

NA VISÃO DO GOVERNO....





Aos leitores, peço desculpas pela demora nas postagens. Provas de final de ano e curso ajudam no atraso e a dedicação a montagem da rádio, idem.


FELIXIANDO DE ALEGRIA

A semana para o Palácio foi de situações de saia justa e de olho em Belo Horizonte. Com a análise pelo TRE-MG acerca da última cassação, fieis tucanos alardeavam que a ordem era manter silêncio para “não dar azar” como nas últimas vezes em que recursos foram julgados. 

Na quinta, com tudo pronto para a sessão, Palacianos e tucanos foram surpreendidos com a decisão da prorrogação da sessão de julgamento para o próximo dia 20 de janeiro. 

Há quem bata o pé e ponha a mão na cintura e, do alto da sua significância, afirme: “...agora vai dar!”. Janeiro promete período de férias e espera.


DE CALÇA OU SAIA?

Por falar em bater o pé, em São João Del Rey, durante uma cerimônia onde o quase candidato ao senado, Anastasia, fazia sua política de distribuir maquinas e caminhões para prefeitos das Vertentes and Sul de Minas. Até ai, nada demais. 

O que chamou a atenção foi o cerimonial do governador Anastasia que insiste em manter no poder a ex-prefeita. Na hora de compor a mesa com os prefeitos das cidades polos, no lugar do atual chefe do executivo, eis que, já esperando a janelinha, o locutor anuncia como representante de Lavras a ex-prefeita Jussara Menicucci. Espanto na plateia e resignação do atual prefeito. 

Um bochicho começou e logo em seguida, a fim de sanar o desconforto, foi anunciado o nome do atual prefeito. 

Ou o governo aposta no lastro do PSDB em Lavras ou o Palácio anda dando azar com cerimoniais, contando é claro com o episodio da Cemig no Novo Horizonte.



QUELÓIDE INCÔMODA 

Por falar em saia justa, duas andam ameaçando arranhar o chefe do executivo. Internamente, dois servidores andam questionando o cargo de um chefe de departamento que ainda figura no quadro do chefe do executivo. 

O ocupante do cargo teria sido delatado no passado e a expectativa era de que algo aconteceria. Como ainda não foi dado cabo do persona, a revolta estaria sendo semeada entre servidores do pátio e pessoas próximas. Outra saia em fase de confecção é ainda mais justa. 

A Ordem dos Advogados do Brasil estaria preparando uma representação contra dois servidores da PML. O chefe do executivo não teria nenhuma participação no que tange ao motivo da OAB.

Pelo que fiquei sabendo, além de denúncia formal que deverá ser levada ao chefe do executivo, os dois poderão ter que responder ao Conselho de Ética do Órgão. Final de ano cheio de presentes e preocupações.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

EXCLUSIVO: UFLA COMPRA HOSPITAL DO CORAÇÃO PARA CURSO DE MEDICINA.






Anunciado como um grande legado para a cidade, o curso de medicina da Ufla deverá ser implantando em 2014, ou na pior das hipóteses, em 2015. 

Quando da anunciação do referido curso, salvo melhor juízo, houve um entendimento de que a Universidade Federal de Lavras faria um convênio com os hospitais de Lavras para, com isso, se evitar os gastos com um uma estrutura de um hospital universitário. 


A Universidade Federal de Lavras vinha mantendo sinais de um trabalho paralelo e em parceria com o município e várias ações eram anunciadas juntamente com a prefeitura. 

Como eu havia antecipado aqui há tempos atrás, uma negociação vinha sendo feita quase em segredo para que a UFLA pudesse então adquirir um hospital da cidade para montar o seu hospital universitário, o que, para alguns, foi surpresa.


A Ufla deverá anunciar amanhã a compra do antigo hospital do coração pela soma de aproximadamente R$ 2 milhões de reias e deverá aplicar aproximadamente 25 milhões de reais para equipar o referido hospital que servira de apoio para o curso da Universidade.


Dizem (eu disse dizem) que poderá haver uma separação e exibição maior do que é universidade e a real capacidade de gerenciamento da instituição para que a população aprecie o trabalho de alguns agentes. 


Nomes já então conhecidos poderão ganhar mais janelas e notoriedade. Nos bastidores não se descarta uma possibilidade de um nome advindo de dentro da Universidade ser lançado rumo ao Palácio Perimetral.


Nos bastidores, há uma informação de que a escolha pela estrutura própria poderia, além da independência funcional dos demais nosocômios da cidade, servir como uma chamariz para o ano de 2016. 

Pessoalmente eu prefiro crer que não. 

O anúncio oficial devera ser feito amanha pelo reitor da Universidade, Roberto Scoforo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

INHAMBUS & AFINS






FESTA DE PRÉ-FAIXA


Apostando em sinais de esmaerecimento político, a ex-prefeita Jussara Menicucci, ladeada pela esposa do ex candidato a prefeito pelo PSDB, Silas Costa, programou para ontem , quinta feira, uma reunião com 54 filiados do partido PSDB, de Aécio e dos Perrelas, estes últimos envolvidos no caso do “helipóptero” do tráfico.


Jussara e a esposa de Silas formularam vários telefonemas para organizar o evento. O encontro seria feito no local de festas do Dr. João Tomaz, mas, segundo a fonte, o médico preferiu não fazer a locação do local para o “evento”. Com a negativa, o evento teria sido transferido para o “Cantinho do Caçapa”, e segundo a fonte, ao custo de R$ 200 “fazmerrir”. 


No cardápio, ao custo de R$ 20 “fazmerrir”, comida de buteco e choop. Acompanhante também teria que contribuir. Segundo a intrépida fonte, os vereadores Dr. Cléber, que debandou da sigla tucana, e Tilili, teriam confirmado suas presenças no evento.


Mas o sinal já fora emanado. Vem aí a aposta no requenta para 2014. Outra intenção da evento e manter o "discurso vivo" (?)

Como tive prova ontem, ainda não tive informações do encontro. Fica para a próxima postagem.



VEM PRA CÁ!!


Por falar em aposta, já é dada como certa uma revoada neste final de ano de alguns assessores que hoje santificam o contracheque (eu disse o contracheque) do Palácio. 

CAP já estariam em ação para cooptar alguns descontentes.Sua intenção agora e reaproximar da mídia e, sem alardes, forrar seu caminho para deslizar mais em evidencia rumo a 2014, caso consiga registrar sua candidatura. 

Há que diga que CAP, na última hora, poderá refazer as contas e repensar qual caminho pegará para o legislativo. Hoje, piamente, CAP sinaliza que quer Brasília. Mas não se esqueçam o que Ulisses já dizia: Política é como nuvem. Hoje pode estar de um jeito, amanhã ... só Deus sabe.


CAP, profundo conhecedor do horizonte por detrás dos montes (que se bobear ele adquire e loteia), sabe que tudo é uma questão de lugar e oportunidade.



JANELA CARA


Ao custo de R$ 4 mil reais por sessão, as transmissões da câmara poderão trazer dor de cabeça para o presidente da câmara. Como já existe a concessão desde o inicio deste ano e cargos custeados pela câmara, o valor pago, sem nenhum questionamento da bancada da moralidade, já estaria sendo analisado pelo MP.


Na prática , a câmara  paga duas vezes por um serviço do qual era deveria prestar devido a criação da TV Câmara. Como hoje ela mantém em seus quadros servidores pagos para operar a TV, o pagamento feito à TV Universitária estaria sendo colocado em xeque e poderá render uma ação contra o presidente da Câmara, que para atender a necessidade de vitrine dos edis, poderá responder por cada real pago pela transmissão terceirizada.


Como a sobra do caixa é desejada pelo Palácio, os investimentos que deverão beirar a quase R$ 2 milhões para efetivamente colocar a TV em funcionamento, deverão ser procastinados. 

Os olhos do MP não estão com nenhuma intenção de protelação da coisa e poderá, em breve, questionar o gasto mensal de R$ 16 mil.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

UMA QUESTÃO DE ESTILO






Antes de tudo, peço desculpas aos leitores pela ausência. As provas do final de ano e outros afazeres estão consumindo o tempo.


CORTA MONTINHO

A eleição da Câmara seguiu o roteiro que antevi aqui. José Bento mostrou ao que veio e se rebelou da base e se lançou a candidato. Noutra ponta, Possato manteve a recandidatura. 

A surpresa ficou guardada para a vice-presidência. De surpresa (nem tanta surpresa assim) Chapisco se lançou a vice. Noutra ponta, também não fugindo ao viés do espanto, José Henrique colocou seu nome na disputa. Chapisco acreditava que não teria concorrentes mas, na hora h, veio a surpresa. A votação foi apertada: 9 votos para Chapisco contra 7 de José Henrique. 

Alysson Matiolli, até em tão candidatíssimo nos bastidores, após uma conversa com a base no salão do Palácio, foi demovido. Antes da eleição, no final da tarde, nos corredores da câmara, o vereador cochichava com Edmar do Paiol em tom de que poderia surpreender na última hora. O vereador deixou pra lá. Possato foi reeleito e Chapisco, rumo a presidência em 2015, se coloca na mesa na vice presidência. 

Jose Bento, ao que parece, saiu com cara de poucos amigos da mesa. 

Efeitos da aposta.


FALTA O ABRIDÃO

Na corrida para as urnas no ano que vem, CAP continua se movimentando. Após publicar no seu facebook que no último sábado manteve encontro com lideranças de Araxá, nos bastidores corre uma informação um tanto quanto intrigante. 

Segundo uma fonte, o então advogado, Mauro Bonfim, que já teria se lançado a candidato a deputado e teria obtido uma votação expressiva, já estaria se movimentando para se lançar novamente a candidato a deputado federal pelo PMN, o partido que CAP é presidente estadual e, em tese, será também candidato a deputado federal pela mesma sigla. 

Como Mauro Bonfim sabe o jogo político e não é bobo, estaria ele arriando cavalo para CAP chegar ao Congresso ou o jogo poderia mudar no caminho até julho do ano que vem ? 
A resposta só CAP tem.


LONDRINOS

Além da luzes que enfeitaram a praça Augusto Silva no último sábado e encheram a praça de pessoas para ver a nova iluminação, o que também chamou a atenção foi cara feia de alguns assessores. 

Alguns dos que foram passavam perto das pessoas e nem sequer olhavam para o lado. Uma senhora que estava ao meu lado me perguntou: “...Faz parte do cargo ser assim ou é arrogância mesmo ?! Sem responder nada, fiz cara de paisagem. 

Além do excesso de luz que encheu a praça de cores e brilho, boa parte dos que lá deveriam estar, deixou notada a sua ausência. 

Digamos que muitos deles que lá deveriam  estar e não estavam, pertencem a ala dos que apoiam o somente o contracheque.  

 Em tempo: fui apenas para prestigiar Maisa que se apresentou com o coral de sua igreja. Nada mais.